segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

3ºEM - GABARITO PROVA 24/02/14

Olá, turminha!

Espero que tenham gostado da crônica da prova! 
Confiram o gabarito e anotem suas dúvidas para esclarecermos em aula!



PARTE A – VALE A PENA VER DE NOVO (1,0 ponto)
1)   Funções da Linguagem: Quando nos comunicamos, os enunciados ou textos que produzimos estão carregados de intenções ou finalidades. As funções da linguagem são o conjunto destas finalidades comunicativas e estão associadas aos 6 elementos da comunicação (emissor, receptor, referente, código, mensagem, canal).

Texto comum às duas peças publicitárias: Venha conhecer o Amazonas você também. 27 de Setembro. Dia Nacional do Turismo.
a) Identifique as funções da linguagem predominantes nas duas peças publicitárias acima. (0,35)H19
Função poética, função conativa e função referencial
- Justifique indicando as marcas gramaticais correspondentes a essas funções:
Há presença de elaboração da mensagem com criatividade desde a imagem que aproxima pontos turísticos internacionais do Amazonas. Há presença do Imperativo e do pronome na 2ª pessoa do discurso (conativa) e de informações sobre o dia do turismo (referencial).
 b) É comum na publicidade a utilização de recursos poéticos. Que figura de linguagem está presente nas duas peças publicitárias acima? Qual é o efeito produzido por essa figura de linguagem nos dois textos? (0,35) H19
Ambas apresentam personificação dos pontos turísticos Estátua da Liberdade e Torre Eiffel, que sonham em conhecer o Amazonas, provocando o efeito de valorização de nosso Amazonas.
c) A crônica “98, 99 ... 100!”, de Zeca Camargo foi publicada no Caderno de Turismo da Folha de São Paulo. Indique que funções da linguagem são identificadas  na crônica. Justifique sua resposta.  (0,3) H19
Função emotiva, na expressão pessoal do cronista (eu); função conativa no diálogo com o leitor.
PARTE B – QUESTÕES DISCURSIVAS  (9,0 pontos com a síntese)

     1) Anexe a esta avaliação sua síntese de estudos.(até 1,0)
               
2)   Como cabe ao gênero discursivo crônica, “98, 99 ... 100!” trata de  acontecimentos cotidianos, do homem comum, promovendo um movimento reflexivo que parte de uma experiência particular e a amplia para um significado mais geral, mais amplo. Verifique na crônica:

a.  Que fato cotidiano desencadeia a crônica de Zeca Camargo? Copie um trecho da crônica. (0,5)H18, 22
O fato do cronista estar prestes a receber o centésimo visto em seu passaporte.
b.  Que marca gramatical revela a visão subjetiva do autor sobre o fato? Justifique com trechos do texto. (0,5) H22, 27
O uso da 1ª pessoa do singular.
c.       Que reflexão este fato inicial provoca no leitor?  (0,5) H23, 24
A crônica nos leva a pensar sobre a relevância de se viajar buscando metas, placares e recordes de quantidade.
d. Identifique o tema ou referente da crônica. (0,5) H18
Sugestão: o real significado/ objetivo de uma viagem.

3)   Linguagem:
A crônica é um gênero textual que oscila entre literatura e jornalismo e que, antes de ser reunida em livros, costuma ser veiculada em jornais ou revistas. Sua linguagem é marcada pela interlocução.
a.  Indique variedade linguística e registro empregados na crônica “98, 99 ... 100!”. Comente sua importância na aproximação com o leitor. Justifique com trechos da crônica. (0,5) H18,21
Variedade linguística padrão com fortes traços de registro informal. Ex: “Mas e aí?”, “esse mundo que tá aí.”.
b.  Como recurso argumentativo, Zeca Camargo abusa das frases interrogativas. Que efeito produzem estas frases na crônica? (0,5) H23,26, 27
As frases interrogativas aproximam o leitor, provocando reflexão.
c.  Copie da crônica 1 frase interrogativa com uma pergunta direta que apresente Advérbio Interrogativo de Causa. (0,5) H23,26, 27

Pergunta direta: “Por que não expandir para 20?”
  
4)   Estrutura:

a.    Em sua crônica, Zeca Camargo apresenta uma tese. Qual é essa tese? (0,5) H18
Apresenta a tese de que, para aproveitar de fato uma viagem, é preciso livrar-se das obrigações de visitar cidades e pontos turísticos em metas numéricas ou rankings.
b. Para defender sua tese, a  crônica se desenvolve a partir de negações e desejos do cronista no momento de vida em que se encontra.  Liste 3 das negações apresentadas. (0,25) H 18, 23
- Não querer ficar escravo de contabilizar os lugares visitados.
- Não se preocupar mais com a quantidade de carimbos no passaporte.
- Não preencher uma lista.

c.   Liste pelo menos 3 dos desejos apresentados. (0,25) H18,23
Após o centésimo carimbo no passaporte:
- Livrar-se das obrigações e aproveitar a viagem.
- Voltar a lugares que conheceu sem a obrigação de estar preenchendo uma lista.
- estreitar laços de amizade.
- encarar embarques e desembarques como cancelas de um território livre.
d. Que advérbios ou locuções adverbiais predominam nas negações? Apresente-os em trechos da crônica e depois classifique-os. (0,25) H 24, 25, 27
Nas negações, predomina o advérbio de negação “não”: “Não quero ficar escravo disso”, “não me preocupar mais com isso”, “não estar preenchendo uma lista”.
e.  O jogo entre negações e desejos traduz o “dilema do viajante”. Copie o trecho que explica este “dilema”.(0,25) H 18, 23
“Esse é o ‘dilema’ do viajante: livrar-se de qualquer tipo de obrigação e simplesmente aproveitar a viagem.”
f.   Copie do “dilema” um advérbio e classifique-o.  Explique a importância deste advérbio para a compreensão do dilema. (0,5) H24, 25, 27
“Simplesmente” = advérbio de modo. O advérbio reforça a ideia de se despojar de listas e obrigações para buscar viver com liberdade, aproveitando com calma o que a viagem oferece.
g. Conclusão: Nos últimos parágrafos do texto, o cronista apresenta sua conclusão.  Nela consegue solucionar o “dilema do viajante”? Justifique. (0,5) H18,23
Em parte, pois o cronista opta por libertar-se dos números no passaporte, mas ao final, aceita sugestões para o 101º país.


5)    

I - O lugar onde eu estou é menos importante do que a conta que estou fazendo – e escrevo isso ciente de que na minha estreia desta coluna eu mesmo admiti que dava uma importância cada vez menor a esse placar ... (Zeca Camargo)

II – Não há coisa pior para os mortais do que uma vida nômade. (Homero)

III – Em casa eu estava melhor, mas viajantes não devem se queixar. (William Shakespeare)

a.  Os advérbios são palavras invariáveis em gênero e número. Entretanto, podem sofrer variação de grau. Indique o grau dos advérbios destacados nos trechos acima, respectivamente. H 27  (0,75)
I-           menos importante do que – grau comparativo de inferioridade
II-        pior do que – forma comparativa sintética de “mal”.
III-     Melhor – forma comparativa sintética de “bem”.
c.  Em um dos trechos acima a comparação está implícita. Reescreva a frase explicitando a comparação. H 27  (0,25)
III - Em casa eu estava melhor do que viajando, mas viajantes não devem se queixar.

6)   Transcendendo à crônica:

Relacione a crônica “98, 99 ... 100!”  à palestra do Psicólogo Yves de La Taille,  “Turistas ou Peregrinos?”, apresentada no programa “Café Filosófico”, na Rede de TV Cultura. Apesar de produzidos em contextos tão distantes e com finalidades comunicativas diferentes, o que os discursos têm em comum? H21,22, 23 (1,0)

Espera-se que o estudante relacione o conceito de turista, de Yves de La Taille, ao de quem viaja superficialmente, pensando apenas na finalidade da viagem e na quantidade de lugares que colecionará em seu passaporte. Por outro lado, o conceito de “peregrino”, da palestra,  será relacionado na crônica ao de viajante, que valoriza o caminho, em vez do destino.

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