Dia 9 de maio foram publicadas as novas regras de correção das redações do Enem. Uma das medidas aponta que os textos com inserções indevidas – como uma receita de macarrão instantâneo em 2012 - serão zeradas.
No entanto, a mídia continua atacando de forma ferrenha os problemas ortográficos.
Foto: Edson Lopes Júnior / Terra
As provas do Enem deste ano serão aplicadas nos dias 26 e 27 de maio.
Veja o que pensa a respeito o Professor Sírio Possenti, do Departamento de Linguística da Unicamp.
Tive a honra de tê-lo como professor em minha graduação, nos cursos de Sociolinguística e Fonética e Fonologia!
É sempre bom ouvir a opinião de nossos mestres! Leia e opine! Deixei três questões para comentarem!
Enem
Contraponto
Tiro de festim
Predomínio de palpites e de certezas duvidosas na mídia definiu a cobertura dos problemas na redação do Enem
Por Sírio Possenti
As redações do nem sempre fornecem homens mordendo cachorros: às vezes vazam as provas, às vezes os temas são criticados, outras vezes se discute a correção, como neste ano.

Os erros de ortografia, como sempre, foram os vilões. Parecemos um país de revisores. Neste ano, mas nisso não há novidade, estiveram acompanhados de erros de concordância. Não digo que "dou um doce para quem adivinhar qual foi o erro", porque seria injusto: há séculos se trata do verbo "haver", que de novo surgiu imponente em formas plurais indevidas.
Grita geral
A pobreza geral dos comentários pareceu mais encorpada, neste ano, porque dois candidatos contrabandearam trechos não pertinentes para suas redações (uma receita de miojo e um trecho do hino do Palmeiras). Houve grita geral na imprensa. Em geral, implorava-se que as duas redações fossem zeradas. Esqueceu-se até que foram punidas com rigor: uma perdeu metade dos pontos e a outra, quase isso. Mas o caso foi tratado como se as redações tivessem obtido nota máxima.
A redação que teve nota máxima, por sua vez, não mereceu nenhum comentário relativo à qualidade (ou não) do texto. Mas criticaram-se os critérios, porque ela continha erros de grafia como "trousse", "rasoavel", "enchergar", que causaram escândalo.
Houve também muito exagero. Carlos Brickmann escreveu sobre a questão no Observatório da Imprensa (26/3/2013). Não sei se faltaram argumentos mais pertinentes, mas resolveu inventar erros absurdos:
"Cuando çurge auviverdi inponente, miztura o Miogio com um tempero dispoi de cunsinhá trêis minuto. Preparemo os peiche que os menino pezcô."
Simulacro
As alusões até são interessantes. Um texto assim, supondo que ocorresse, poderia ser bem avaliado em certos aspectos: faz alusão à receita de miojo e ao hino do Palmeiras, e seu final retoma o debate de 2011 sobre o tal livro do MEC. Duvido que os comentadores fossem capazes de ver mérito nisso; eles têm mostrado que só veem os erros de grafia e outros tão banais quanto estes.
Convenhamos, faltou um mínimo de decência neste simulacro de Brickmann. Os erros de grafia divulgados são bem menos "escandalosos". Mas a "brincadeira" dele mostra a qualidade das avaliações...
Seu texto, por outro lado, fornece dados interessantes a uma avaliação mais adequada: o título é "Quem paga, manda". Se julgado com o rigor que a mídia aplicou às redações, há um erro "imperdoável" na vírgula que separa sujeito e verbo. Além disso, escreveu "discute-se os desaparecidos" (os manuais mandam dizer "discutem-se..."), um erro da mesma classe de "haviam pessoas".
Está na hora de deixarmos de considerar que estes casos são erros, seja quem for o autor que use tais construções. Do mesmo modo que está na hora de deixar de citar como escandalosos casos de "haviam", até por causa da enorme confusão que são a análise do verbo ("haver" significa mesmo 'existir'?) e seu ensino por métodos equivocados. Num texto monitorado, basta simplesmente que um "revisor" apague a marca de plural e vá em frente, sem abater pontuação alguma.
Revisão
Agora, observe-se a carta de leitor publicada na Folha de S.Paulo (30/3/2013). Seu autor é professor na Universidade Federal de Viçosa (Fernando Pinheiro Reis). Espero que não seja da área de letras...
Começa dizendo que "são preocupantes as divulgações acerca das correções das redações". Não há erro ortográfico nesta passagem. O texto seria considerado bom. Mas, de fato, é problemático:
preocupantes não são as divulgações, são os problemas divulgados (se é que são mesmo). Pode-se apostar que foi o que ele quis dizer. Mas não conseguiu. Isso é que é preocupante.
Em seguida, refere-se a erros graves de ortografia (para variar), mas não cita nenhum, nem mostra onde está sua gravidade. Finalmente, sugere testes objetivos de leitura no lugar das redações. Opiniões como esta, supostamente fundamentadas, mas meros lugares comuns sem análise, dominam a imprensa, dando a impressão de que tudo está pior do que nunca esteve.
Considerem-se de perto os tais erros ortográficas. Minha posição é que eles merecem alguma punição (a redação não deveria ter nota máxima), mas estão longe de ser escandalosos. Na era dos computadores, aqueles erros banais que um corretor ortográfico aponta deveriam ser pouco penalizados (urge mudar de mentalidade).
Afinal, nem todos querem ser revisores...
É preciso levar em conta a relevância dos erros. Observe-se, por exemplo, a grafia errada "trousse". Há um erro, é verdade. Mas suponhamos que a grafia tivesse sido "trouse": ela seria um pouco mais grave... Além disso, quem escreveu "trousse" escreveu "rasoavel".
Pode-se ver nestas grafias não um conhecimento sólido, mas um indício das regras aprendidas sobre o valor do s entre duas vogais (sai como z), e como se deve escrever, portanto, para garantir o som s (escrever com ss).
Palpite
Mattoso Câmara escreveu em 1947 um texto clássico sobre a relação entre erros de escrita e a variação e possível mudança no português do Brasil. Não vi ninguém levar suas teses em conta, nem, muito menos, os numerosos estudos que se fizeram nas últimas décadas, sejam sobre variação fonológica (e suas influências na escrita), sintática e, muito menos, as pesquisas em linguística do texto e do discurso.
Em todas as áreas, a mídia consulta "especialistas". Mas, quando se trata de escrita, o que se vê mais claramente é o domínio do palpite e as certezas dos que não pesquisam. Neste domínio, ainda não chegamos a Copérnico.
As redações do Enem sempre fornecem homens mordendo cachorros: às vezes vazam as provas, às vezes os temas são criticados, outras vezes se discute a correção, como neste ano.
Dificilmente as reportagens ou os artigos de opinião vão além do senso comum mais rasteiro. Por exemplo, até hoje ninguém analisou uma redação completa. O que se faz é parecido com analisar uma partida de futebol pelos piores momentos - gols perdidos, falhas da zaga ou do goleiro, substituições que não deram certo etc.
Os erros de ortografia, como sempre, foram os vilões. Parecemos um país de revisores. Neste ano, mas nisso não há novidade, estiveram acompanhados de erros de concordância. Não digo que "dou um doce para quem adivinhar qual foi o erro", porque seria injusto: há séculos se trata do verbo "haver", que de novo surgiu imponente em formas plurais indevidas.
SÍRIO POSSENTI é professor titular do Departamento de linguística da Unicamp e autor de Humor, Língua e Discurso (Contexto).
Revista Língua Portuguesa - Edição 91 – SP: Segmento, Mai/2013
Aqui vão algumas questões para refletir sobre o artigo do Professor Sírio.
Poste seus comentários. É a tarefa de 17/05 para as turmas do 2º e 3ºEM.
PARA REFLETIR:
1. Foram publicadas as novas regras de correção das Redações do Enem. Qual é o cerne da crítica no artigo do Professor Sírio Possenti? As novas regras de correção ou a cobertura da mídia em relação ao assunto? Explique com a ajuda de um argumento do texto.
2. Segundo Sírio Possenti, a carta de leitor do professor da Universidade Federal de Viçosa (Fernando Pinheiro Reis) apresenta erro mais preocupante do que os problemas ortográficos apontados nas redações. Explique qual é o problema de redação da carta do professor Fernando Pinheiro.
3. Em sua opinião, os erros ortográficos são o tópico mais importante a ser analisado em uma Produção de Texto? Construa um argumento que justifique sua opinião.
AH! NÃO SE ESQUEÇA DE FAZER SUA INSCRIÇÃO NO ENEM! As inscrições serão feitas das 10h do dia 13 de maio, segunda-feira, até as 23h59 do dia 27 de maio (horário de Brasília).
1)A crítica principal do professor é sobre a cobertura da mídia da correção das redações do ENEM de 2012. Ele critica a veemência com que foram censurados os erros gramaticais que apareceram nas redações. Um argumento que o professor utiliza é a dificuldade no ensino do verbo haver, e, consequentemente, no seu emprego na hora da redação.
ResponderExcluir2)A crítica feita à carta do Professor da Universidade Federal de Viçosa é a clara contradição que nela está presente.
3) Não creio que os erros ortográficos sejam os mais importantes, no entanto são parte componente de uma produção, uma vez que demonstram o nível de domínio da língua. Aspectos como coesão textual, coerência de ideias e qualidade de argumentos devem vir antes na análise de um texto e devem ser mais valoradas na minha opinião.
1)O núcleo do artigo se baseia na cobertura da mídia em relação às correções do ENEM. Que se fundamenta na ideia de que no Brasil, antes de tudo, se dá muito mais atenção aos erros de ortografia do que a qualquer outra coisa (Exemplo: criticaram-se os critérios, porque ela continha erros de grafia como "trousse", "rasoavel", "enchergar", que causaram escândalo.)
ResponderExcluir2) O problema de redação da carta do professor Fernando Pinheiro, não está fundamentada na ortografia, mas sim na questão de sintaxe, ou seja, fundamentação de ideias. O que na visão de Possenti é muito mais grave do que erros ortográficos (como nas redações de ENEM).
Além de fazer crítica a hipocrisia, de que Fernando Reis se refere aos erros graves de ortografia, porém não cita nem mostra a gravidade do problema.
3) Acredito que os erros ortográficos possuem sim sua importância, porém creio que não deve ser o ponto principal a ser analisado. Afinal, são as ideias e os argumentos que fundamentam uma redação, a ortografia surge para facilitar a transmissão dessas ideias, porém algumas vezes os erros na variedade padrão podem surgir, mas não destroem todo o pensamento desenvolvido. Porém, caso haja um sentido contrário, ou seja, um texto perfeito ortograficamente, mas sem nenhuma fundamentação nas ideias e com argumentos pouco convincentes, a produção textual poderá ser comprometida.
1) Ao ler a análise do Professor Sírio Possenti, percebe-se a crítica do mesmo a cobertura da mídia em relação às novas regras de correção do ENEM. Um argumento utilizado pelo professor foi a repercussão que a mídia gerou em cima das redações que pareceram “caçoar” dos corretores, escrevendo o hino do Palmeiras e a receita de miojo no meio da dissertação. Segundo ele, a imprensa implorava para que as redações fossem zeradas, tratando o caso, como se as mesmas tivesses tirado nota máxima, exagerando nas críticas aos corretores do ENEM.
ResponderExcluir2) Segundo o Professor Sírio Possenti, a carta do professor Fernando Pinheiro possui um erro mais preocupante que os problemas ortográficos das redações do ENEM, sendo que a falha do professor não se restringe a gramática, expandindo-se para a construção das ideias. Sírio explicita a falha na sintaxe na frase do professor, que não deixa claro a sua argumentação, causando certa ambiguidade, o que prejudica o sentido da mensagem que deveria ser passada com o argumento.
3) Não. Os erros ortográficos, apesar de serem importantes, não devem ser o principal tópico para a correção de uma redação. O foco deveria estar na análise das ideias, do repertório e da capacidade da pessoa, em estruturar os seus conceitos em um texto argumentativo. A questão gramatical pode ser resolvida de uma maneira mais fácil, com aulas e pesquisas, já a capacidade do aluno de possuir boas ideias e pensamentos críticos, é algo mais difícil de aperfeiçoar, principalmente, pelo descaso dos jovens brasileiros em relação aos fatos do mundo.
1) O professor Sírio Possenti vai ao encontro da ideia de que as pessoas, principalmente a mídia focam muito nos erros sejam banais ou escandalosos, e deixam “um pouco de lado” as redações que ganham nota máxima. Ele não gosta da ideia de só apontar os erros, mas defende o ideal que os textos apresentam, quando fala sobre a confusão feita pelos alunos, que escreveram, por exemplo: “trousse” e “rasoavel”.
ResponderExcluir2) Segundo Sírio, Fernando Pinheiro iniciou a carta de forma precipitada, dando a entender que as divulgações feitas sobre os erros são preocupantes, mas Possenti deduziu que o professor da Universidade Federal de Viçosa que dizer que os erros nas redações são preocupantes. Mas é importante compreender que essa ideia foi a que Sírio entendeu que o professor Fernando queria passar, não a ideia dele, tanto que usa parentes para “criticar” a ideia que o professor quis passar.
3) Não; apesar de dificultarem na compreensão do texto, os erros ortográficos, a maioria das vezes, não deixam o texto “indecifrável” ou nem comprometem o ideal defendido pelo seu autor, o que se pode julgar de muita importância é coesão e coerência que o texto apresenta, além de seus argumentos, que revelam o nível de repertório ou persuasão que o autor obtém.
1. Em seu artigo na revista Língua Portuguesa, o professor Sírio Possenti, esteve criticando a atenção que a mídia da para erros de ortografia e com pessoas que fazem brincadeirinhas, quando que na verdade, eles deveriam dar atenção para as notas máximas que obtém-se no ENEM.
ResponderExcluirEx:" criticaram-se os critérios, porque ela continha erros de grafia como "trousse", "rasoavel", "enchergar", que causaram escândalo."
2. A carta do Professor da Universidade de Viçosa, foi totalmente contra ao que ele se referia em suas criticas a mídia. O professor fez a carta criticando Sírio achando que ele se referia aos erros de português nas redações, mas na verdade ele apenas criticava a mídia.
3. Uma redação não se consiste apenas de erros ortográficos, lógico que eles tem sua importância que nos faz entender melhor a linguá, mas não é o foco principal de uma redação. E mesmo sem querer, ninguém é perfeito. As vezes ocorrem alguns esquivocos quando escrevemos. Ao meu ver, redações boas, são aquelas que consistem em argumentos fortes e bons perante a proposta.
1. A cobertura da mídia a cerca do assunto: as novas regras de correção do ENEM foram utilizadas como objeto principal no artigo do professor Sírio Possenti. O autor discute e traz à tona a forma como a mídia recebe e transpassa as correções das redações do Enem que "privilegiam" os erros aos grandes acertos e exemplos. Para reiterar a importância do fato o autor utiliza de uma relação, ao comparar a valorização que a mídia proporciona a redações com erros gramaticais à apresentação e análise de diversos erros em uma partida de futebol.
ResponderExcluir2. O problema apresentado por Sirio Possenti, após a análise da carta de leitor do professor da Unidade de Viçosa se refere à dificuldade que o autor possui de reproduzir com clareza suas opiniões em veículos públicos (no caso a carta ao leitor). Outra crítica que Sírio dirige ao professor é de que os argumentos apresentados são realmente superficiais e não necessitam de maior relevância.
3. Em uma produção textual o conjunto dos elementos que compõem a composição devem ser analisados desde a escolha da estrutura textual até os argumentos desenvolvidos.
Um importante elemento a ser analisado nas composições é a questão da ortografia. Nesse âmbito, pode se dizer que as correções estão muito mais rígidas no fator ortográfico, enquanto a ideia central e os argumentos defendidos pelo jovem passam despercebidos pelos olhares "viciados" dos corretores. Porém, é necessário alertar que as redações com erros ortográficos capazes de modificar e "arruinar" a ideia construída devem ser observados exclusivamente por parte dos corretores, para que possam fazer uma avaliação mais criteriosa.
1. O professor Sírio Possenti critica a cobertura da mídia nas novas regras de correção do ENEM. Aquela, mantém seu foco somente nos erros e ignora as redações que foram escritas de forma exemplar. Para confirmar, Possenti menciona os erros "trousse" "rasoavel" e "enchergar" que chocaram o público.
ResponderExcluir2. De acordo com o professor, a carta de leitor apresenta um erro mais enraizado e mais grave do que somente erros ortográficos, ela apresenta uma lacuna, um déficit na organização e fundamentação de ideias.
3. Acredito que não. Erros ortográficos podem ser, por vezes, resultado de nervosismo, ansiedade e falta de atenção na hora de escrever. A organização de ideias, a base da qual os argumentos são fundamentados, a proposta de resolução e a originalidade são muito mais importantes. Não se pode concentrar somente em pequenos (ou não) deslizes. É necessária uma análise mais abrangente e crítica quanto à argumentação apresentada.
1- Ao realizar uma leitura crítica do texto de Sírio Possenti, nota-se que o mesmo critica a cobertura da mídia frente as novas regras de correção do ENEM. Ele critica principalmente o grande foco e dimensão que a mídia da aos erros ortográficos e possíveis "brincadeiras" realizadas nas redações, que segundo a própria mídia seriam absurdas e dignas de anulação de notas, em detrimento à divulgação ou citação de redaçoes bem elaboradas e que tiveram nota maxima. Essa opinião do autor fica evidente no trecho: " criticaram-se os critérios, porque ela continha erros de grafia como "trousse", "rasoavel", "enchergar", que causaram escândalo."
ResponderExcluir2- Segundo Sírio Possenti, o grande problema da carta de leitor não reside em erros ortográficos, e sim no fato de o texto conter uma clara deficiência em sua argumentação e organização de ideias.
3- Não. Em minha opinião, o uso correto da norma padrão da língua portuguesa é apenas um dos aspectos a serem analisados em uma redação, pois existem muitos outros que devem ser levados em conta como: O domínio do gênero, uma boa organização de ideias com argumentos bem fundamentados (que na minha opinião é a característica principal de um bom texto argumentativo), uma proposta de resolução coerente para o problema apresentado, e até mesmo uma boa caligrafia.
1) O cerne da crítica no artigo do professor Sírio Possenti gira em torno da cobertura da mídia em relação as correções feitas no ENEM. Ele constrói a sua ideia com o fato do Brasil se concentrar mais nos erros de ortografia do que nos erros mais pertinentes, "[…]ela continha erros de grafia como "trousse", "rasoavel", enchergar", que causaram escândalo.[…]".
ResponderExcluir2) O problema de redação da carta do professor Fernando Pinheiro é o erro de sintaxe, mas na hora da correção é apenas colocada em pauta o erro ortográfico.
3) Na minha opinião, os erros ortográficos não é o tópico mais importante a ser analisado em uma Produção de Texto. Representa um tópico para ser considerado, mas não o mais pertinente, porque o fato de alguém cometer um erro ortográfico não é tão importante quanto um erro de sintaxe.
1) A crítica tem foco na cobertura da mídia sobre as redações do ENEM, que observam apenas os erros ortográficos e de concordância, considerados banais pelo autor, visto que há problemas mais sérios como no exemplo do professor da Universidade Federal de Viçosa, em que há um problema na ideia transmitida, que não é a que o autor realmente queria passar.
ResponderExcluir2)Há um problema na construção da ideia, visto que o professor queria informar que os problemas divulgados são preocupantes, e não o que ele disse, que são preocupantes as divulgações acerca das correções das redações.
3) A análise de um bom texto deve levar em conta as ideias nele presentes, ou seja, a junção das palavras e não estas em sua conjuntura isolada.
ResponderExcluir1. O texto toma como base a cobertura da mídia em relação as novas regras de correção do ENEM, percebemos claramente esta visão no texto quando Possenti comenta sobre o exagero criado, inclusive inventando erros como "Preparemo os peiche que os menino pezcô."
2. O problema na carta de Fernando Pinheiro é a disposição e escolhas das palavras que falharam para construir sua ideia.
3. Em minha opinião, o ortografia é sim importante num texto, mas não deve ser tomada como o principal tópico (desde que não impeça o entendimento). O que deve ser analisado de fato, são as ideias do texto e sua construção, e se ambas estiverem de acordo com o necessário, não há porque criar caso ao redor de algumas palavras escritas erradas.
1. O professor Sírio Possenti desenvolve o artigo criticando a relevância que é dada pela mídia e por pessoas diante de erros nas redações do ENEM, que na visão dele não merecem tal foco e escandalização. Segundo ele são deixados de lado os pontos bons que as redações possuem e o foco dos comentários se empobrece pois estes discutem apenas os erros ortográficos que por muitas vezes não possuem tanta gravidade quanto lhes é concedida,e não saem do senso comum. Ele deixa isso claro no seguinte trecho, através de uma metáfora: "O que se faz é parecido com analisar uma partida de futebol pelos piores momentos - gols perdidos, falhas da zaga ou do goleiro, substituições que não deram certo etc."
ResponderExcluir2. Segundo Possenti, a carta do professor Fernando Pinheiro traz problema na construção da ideia, ou seja, na sintaxe o que é mais preocupante que os erros nas redações do ENEM, visto que cometendo esse tipo de erro a divulgação da ideia é comprometida e o compreendimento de quem lê.
3. Em minha opinião, os erros ortográficos não devem ser simplesmente ignorados mas deve ser levado em conta se estes comprometem ou fornecem ambiguidade na ideia que o texto como um todo propõe, e concordo que erros na sintaxe, que comprometem diretamente a ideia e argumentação elaborada no texto, são muito mais relevantes.
1.O cerne da critica do professor Sírio Possenti é a cobertura da mídia em relação às redações que apresentam erros de português e que fugiram do tema proposto pelo Enem. Essa crítica é explicitada no momento em que este pondera que houve por parte do jornalista Carlos Brickmann, um exagero na demonstração dos erros ortográficos, uma verdadeira manipulação de erros que não existiram, como: "Cuando çurge auviverdi inponente...”. Sírio ainda infere, ironicamente, que esta seria por falta de argumentos mais pertinentes.
ResponderExcluir2.O problema de redação do professor Fernando Pinheiro Reis é que, na verdade, não são as divulgações das redações que são preocupantes, mas sim os problemas de algumas redações. O fato dele não ter sido claro e especifico pode causar um problema na interlocução e má interpretação do receptor.
3.Não. Entendo que a ortografia deve ser apenas um instrumento para a construção da ideia ou discurso. A ortografia é um ponto, na redação, mecânico, como no caso do jornalista Fernando Pinheiro citado por Sírio Possenti que,ortograficamente correto não soube encadear semanticamente as orações. Escolhendo, para estudo, uma boa gramática qualquer um pode aprender a escrever bem, mas ponderar criticamente como o é uma das exigências do Enem é a partir dum vasto repertório inteligente e com muita personalidade.