terça-feira, 16 de abril de 2013

3º E.M. - Figuras de sintaxe e de pensamento – Mód. 24 Gabarito


Pág. 30
Resposta Questão 1

São recuperados do sermão bíblico:
- o título da crônica dialoga com “O Sermão da Montanha”. Ao contrário do original, “O Sermão da Planície” é para não ser escutado.
- a expressão bem-aventurados, relacionada às bem-aventuranças do futebol.
- a primeira frase retoma pois deles é o reino dos céus, do original

Resposta Questão 2


a) A crônica define como bem-aventurados todos os que não entendem ou não desejam entender de futebol.

b) A contradição é que, mesmo os que não amam o futebol, torcem fervorosamente pela vitória da seleção brasileira em todas as Copas do Mundo.

Resposta Questão 3


a) “Bem-aventurados os que”. Anáfora.

b) A repetição chama a atenção do leitor para o fato de que não ser um torcedor apaixonado é uma bem-aventurança. Essa perspectiva, no entanto, é desmentida ao final.

Resposta Questão 4

As oposições são:

- 1ª – geográfica: Montanha X Planície.

- 2ª – sermão escutado X sermão feito para não ser escutado.

Pág. 34

Resposta Questão 1

Alternativa D

Resposta Questão 2

a) Os sinônimos são “pendão” e “estandarte”. “Mortalha” é usado metaforicamente para designar “bandeira”.

b) Prosopopeia ou personificação.

Resposta Questão 3

Alternativa A

Resposta Questão 4

Alternativa B

Resposta Questão 5

a) Temos um paradoxo, já que o sentido do substantivo é oposto ao do adjetivo que o determina, negando-o.

b) Critica-se o fato das iniciativas governamentais em andamento serem frequentemente abandonadas, antes de sua conclusão.
Resposta Questão 6

Alternativa E

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Semana de Provas: Acesse conteúdos e gabaritos na página de sua turma!







Reúna suas anotações de aula, livros didáticos, retome exercícios e produza uma síntese de estudos bem objetiva sobre os conteúdos. Não se esqueça! 

Todos os conceitos devem ser exemplificados e a Gramática deve ser sempre aplicada ao Gênero Textual!

Como diz Luiz Fernando Veríssimo, em sua crônica “O gigolô das palavras”, só “as múmias conversam entre si em Gramática pura” !!!
Atenção! O momento de produção da síntese é um momento de estudo ideal para tirar suas dúvidas e fixar o que aprendeu!


3º E.M. - FOTOGRAFIA E CRÔNICA

"Nas fotos preocupadas em registrar o instante, sua porção de eternidade.” Boris Kossoy, sociólogo e fotógrafo

Uma fotografia dá uma crônica?

Após acompanhar o drama dos moradores da cracolândia, na Luz, e as primeiras internações involuntárias, a turma do 3ºEM analisou e escolheu fotos jornalísticas que inspiraram a produção de crônicas narrativas e crônicas argumentativas.

Confira aqui 5 dessas crônicas e as fotos que as inspiraram!


Rua Cheia de Vazio - Ana Julia Campacci Elias

Rua Helvétia, após a desocupação da Luz, em 2011
Olho do céu para o asfalto, do asfalto para o céu, notando sua cor triste, sem vida. O céu sem estrelas, enquanto a rua cheia, cheia de medo, cheia de solidão. Cheia de vazio. As luzes dos postes iluminando o pouco que resta da noite, deixando o silencio se espalhar. 

Eu penso no meu trabalho, o que eu estou fazendo aqui? Valeu a pena entrar na faculdade de Direito, passar no concurso público, treinar para me tornar a melhor policial, mas ao mesmo tempo ter que, neste momento, conviver com essa realidade triste e insana? Meu parceiro. Meu parceiro de rua, de amizade, de vida, se foi. Se foi e eu que aqui. Eu aqui apenas olhando o que foi deixado para trás em nossa missão. Na hora de tirar todos daquela escuridão da Luz, um simples tijolo caiu e com esse o resto. O cortiço desabou sobre sua cabeça, do meu parceiro, meu marido. Assistir àquela tragédia foi a pior situação de minha vida. eu teria me jogado no lugar dele.

E aqui estou eu, trabalhando no dia seguinte de sua miserável morte. Não tiveram nem piedade ou dó, ou seja la o que for. Queria pegar aquele tijolo e jogar neles, maldito tijolo!Calma, respira. Olho novamente a rua vazia, a iluminação vindo dos postes e penso nas nossas caminhadas, nossos passeios, nossas viagens, nossas conversas. Quero pelo menos manter as boas lembranças. O silêncio daquela solidão me acolhe, me assusta ao mesmo tempo, mas acolhe, trazendo esperanças de poder escolher o caminho certo naquelas ruas tão cheias de violência e medo, mas ao mesmo tempo tão vazias.

Mundo cão - Carolina Antunes de Oliveira

Outro dia, andando em uma praça por aí, vi um cachorro, animal que sempre teve meu carinho, por sua lealdade e companheirismo. Fui mexer e brincar com ele, que nem quis saber de mim e continuou seu caminho. E eu me senti do jeito que tenho me sentido pelos últimos dois meses: ignorado. Parece que não me veem mais, desde que levaram meu tio e me trancaram para fora da minha própria casa – ou “cortiço” para aqueles homens - sem uma explicação que entendesse.

O fato é que meu amado Pirulito, que fui obrigado a abandonar um dia que parecia há tanto tempo atrás, me veio à mente. Ah cãozinho, que bons dias que passamos juntos! Como você sempre me olhava para dividir a comida e andava comigo quando eu procurava dinheiro para o tio. 

Na verdade, nunca entendi meu tio muito bem, não falava muito comigo, ficava pouco tempo em casa e fazia o mínimo para eu ficar vivo, mas enquanto eu ajudasse ele, ele me dava casa e comida, o que já estava bom demais. Entendi menos ainda no dia em que levaram ele embora e eu perdi tudo – ainda que não fosse muito – o que tinha. Perdi essas coisas sem nem poder dizer nada.

Depois disso, outras pessoas (até parecia que queriam me ajudar) vieram e me disseram que iam me levar para uma espécie de hospital e eu disse "não estou doente, mas muito obrigada", o que não adiantou nada, uma vez que elas me levaram mesmo assim. Ora, por que é que uma pessoa tem que ir para um lugar que não quer? Por que então, que ela tem que ficar la? Me cansei daquilo e fugi. Prefiro minha liberdade difícil e solitária da rua do que ser obrigado a ficar falando com médicos, enquanto, na verdade, estou muito bem.

Na rua, me ajeito do meu jeito.

Paz Violenta - Ana Eliza Yoshioka

Não conseguia dormir. Não conseguia fechar os olhos e afundar na minha cama. 
Era impossível me concentrar para dormir, quando a ansiedade pelo dia seguinte consumia cada centímetro do meu corpo. 
Em algumas horas, eu estaria me levantando, vestindo meu uniforme de oficial da polícia e partiria para a Rua Helvétia. 
Fiquei relembrando as críticas e pedidos feitos pelas famílias moradoras de lá... “Nós queremos paz! Não se pode viver em paz com um bando de viciados morando na frente da minha casa!”; “O que eu poderia fazer se meu filho se envolvesse nisso? Não consigo dormir sabendo que minha filha pode ser pega ou incentivada a se drogar a qualquer minuto!”; “Nós queremos paz durante o dia, à tarde e à noite.”; “Queremos paz, chega de violência e de perigo!”; “Menos crack, menos violência, mais tranquilidade, mais paz!”.Foi assim durante horas, até o delegado decidir realizar a operação “desocupação” da cracolândia. Enquanto isso acontecia, um homem baixo de terceira idade escrevia em sua parede: “Mais um dia nasceu e com a bondade de Deus estamos vivos”.
Como previsto, na manhã seguinte, me levantei, vesti meu uniforme e fui para a operação. Nos preparamos, pegamos as armas e entramos no cortiço. Fui o líder da operação, comandava cada policial, o que deveriam fazer, quantos dependentes deveriam pegar, para onde levá-los, como levá-los... Eu estava orgulhoso de como cheguei longe! 
Por um momento, algo interrompeu meu momento de glória... Não sei bem o que foi, talvez um grito de uma criança. Olhei em minha volta e tudo estava errado. Crianças gritando, mulheres sendo arrastadas, idosos se batendo contra os policiais, homens arremessando cadeiras, pedras em cima dos oficiais, que pouco se importaram e continuaram puxando todos à força e sem dó nenhuma. Não entendia por que aquela cena me incomodava tanto. Tudo aquilo era em nome da paz!
Por que era tão difícil ter paz? Por que os dependentes nos davam tanto trabalho com tudo? Para tirá-los do seu lugar e tentar tratá-los? Foi quando um breu cinza caiu sobre a minha cabeça. Tudo o que eu conseguia lembrar era a frase estampada na parede: “Paz pra quem quer paz!”.

“Crack” no amor - Diego Suguiyama Ribeiro

Num quartinho simples e aconchegante eu a conheci. Em meio a um emaranhado de juventude e positividade. E o que me resta hoje? Apenas a fria e obscura solidão junto a esses singelos presentes que dei a ela...
Éramos muito felizes, nos encontrávamos todos os dias, nos divertíamos, ríamos e nos amávamos muito. O melhor de tudo é que além de namorados, éramos amigos. Já tínhamos feito até planos para o futuro (casamento, filhos...).
Porém, numa noite de 12 de junho de 2012, dia dos namorados, resolvi trazer algo diferente para nossa relação, algo que nos levaria a sentir prazer, sentir emoção, sentir adrenalina. Uma simples pedrinha que as pessoas apelidavam de “crack”. 
A partir daí, a juventude, positividade e aconchego daquele quarto se transformaram em ódio, desgraça, insegurança, mudança de comportamento. Tudo que antes era perfeito, tornou-se desprezível.
Criaram-se situações de briga e aquele sentimento de amor se transformara em aversão e o que era para ser um “felizes para sempre” acabou se tornando uma manchete de jornal: “Namorado faz homenagem após morte de amada viciada em crack”.
Não deixe “uma pedra” entrar em seu caminho...

Um Olhar do Paraíso - Renata Rampazzo Sousa Lopes da Silva

Não posso deixar de me lembrar do quão boa é minha vida; para mim, pelo menos. Venho pensando nisso há dias. Porque, uma vez ou outra, é comum chegarmos a algum desses momentos críticos em que de repente, tudo é ruim, estressante, irritante, enfim... Até que, no auge de todo o drama, soltamos o clássico “odeio a minha vida”. É. Mas vá com calma, amigo, talvez você mude de ideia, como eu, depois de ver o que vi.

Parecia ser o que sobrara do cômodo de uma casa; paredes destruídas, com buracos, pichadas, tapetes encardidos, lixo no chão, talvez seja gentileza minha dizer que o lugar estava um tanto “desgastado”. Mas não foi isso o que realmente me fez parar para ver melhor. Na parede maior e mais pixada de todas, uma inscrição em destaque; uma frase: “FOI HORRÍVEL” .

Uma série de imagens, de repente foi jogada em minha mente, como projéteis lançados de uma metralhadora. Todas as experiências horríveis que podem ter levado alguém a praticamente imortalizar uma representação de suas vivências, impressas num pedaço de parede condenado.

De súbito, me senti inclinada a (pelo menos tentar) entender a razão daquela confissão, aparentemente tão desesperada. Angústia e tristeza me consumiram ao visitar os quadros dramáticos e obscuros para onde me levava a imaginação dos fatos.

O grande cenário de tudo isso? Cracolândia. E os protagonistas? Viciados. E não, não pense que me refiro a eles com algum preconceito, porque é esse o seu atual estado, o da dependência.

Então, após uma rápida comparação de estilos de vida, já se é possível imaginar a que conclusão cheguei...

3º E.M. - NOTÍCIAS INSPIRAM CRÔNICAS!


Confiram algumas crônicas de nossos alunos do "Terceirão" e as notícias que as inspiraram! (Crônicas produzidas em 01/03/13)

A Procissão dos cegos - Renata R. S. L. da Silva

No jornal a gente encontra de tudo. 
Recentemente, uma tal de “Rede de Sobreviventes dos Abusados por Padres” chamou minha atenção; um grupo responsável por proteger vítimas de abuso sexual por clérigos na infância e na adolescência. 

O engraçado disso (além do próprio nome da organização) é a quantidade de casos como este que já se viu acontecer em um mesmo local; este, que é considerado o epicentro da religião católica, um lugar onde praticamente toda a população faz pelo Papa o que um fiel aprendiz faz pelo seu mestre. Porque, afinal, é o que se entende pela função de Papa, não? Um mestre doutrinário, ocupando o maior cargo da Igreja.

Igreja esta, que agora encontra-se em apuros. Já obrigada a gastar bilhões de sua inestimável riqueza em indenizações por conta dos (não poucos, nem recentes) escândalos, ainda terá que eleger um novo Papa, para, ao menos conseguir manter-se viva na vida daquelas pessoas que, sem ele, estão como cegos procurando suas bengalas.

Crônica inspirada em:
Rede lança lista de cardeais que teriam protegido pedófilos 
A Rede de Sobreviventes de Abusados por Padres (Snap, sigla em inglês) publicou ontem uma lista negra com o nome...
A Rede de Sobreviventes de Abusados por Padres (Snap, sigla em inglês) publicou ontem uma lista negra com o nome de 12 papáveis que teriam protegido padres pedófilos e pediu que a Igreja leve a sério a proteção das crianças, a ajuda às vítimas e as denúncias de corrupção.
"Queremos dizer aos prelados católicos que deixem de fingir que o pior já passou (sobre os abusos sexuais)", afirmou David Clohessy, diretor da associação.
Na lista constam os cardeais Leonardo Sandri (Argentina), George Pell (Austrália), Marc Ouellet (Canadá), Timothy Dolan, Sean O'Malley e Donald Wuerl (Estados Unidos), Peter Turkson (Gana), Oscar Rodríguez Maradiaga (Honduras), Tarcisio Bertone e Angelo Scola (Itália), Norberto Rivera Carrera (México) e Dominik Duka (República Tcheca).


Barulho do silêncio ou o barulho da violência - Felipe Oliveira Machado

Voltar do trabalho para casa. Ação comum para milhares de paulistanos. Mais comum ainda é voltar para casa em plena noite de quarta feira e encontrar na “cidade que nunca para” as torcidas fanáticas se dirigindo aos estádios da capital. Acostumado a sair do trabalho e passar com minha bicicleta pela Praça Charles Miller, sendo necessário enfrentar uma massa de mais de 40 mil fanáticos que esperam a abertura dos portões do Pacaembu, me deparei com a falta de uma das maiores torcidas do Brasil.

A praça estava vazia e pela primeira vez da minha vida, foi possível ouvir o vento e o chacoalhar das arvores na Praça Charles Miller em plena quarta feira. Onde estariam os “loucos” por futebol naquela noite? E a incrível e barulhenta torcida?

A torcida faz parte do espetáculo, ou melhor, é um espetáculo à parte. O que seria de uma partida de futebol sem as olas, os gritos de “olé”, as vaias e os xingamentos? Mas naquele dia seria assim. Quem assistiu à partida pela TV ficou se perguntando: “Por que não mostram a torcida?” E a dura verdade era saber que não havia torcida.

O que explicaria a falta de amor ao clube no estádio? Com certeza era mais uma punição aos casos de violência nas arquibancadas. O clube foi punido e assinaram o decreto: “a cadeira do estádio não terá o seu companheiro de todas as quartas”

A torcida que surge por simpatia e logo se torna amor incondicional, vem sofrendo e promovendo tragédias. Se na Antiguidade as torcidas ficavam eufóricas ao verem seus protagonistas, os gladiadores nas Arenas, hoje a situação não é diferente. A atenção antes voltada aos gramados, hoje se volta as arquibancadas para ver os “gladiadores” do novo milênio duelarem entre si.

Penso comigo, que com o aumento da violência nos estádios, estes, que antes eram palco de divertimento e emoção, se tornem, em poucos anos, frios, intactos e desprezados. Será dessa forma que as torcidas deixarão de mostrar sua magia e deverão se contentar com estádios pequenos, reduzidos a um conjunto de imagens refletidas nas paredes da sala de uma massa apaixona por futebol.

Ao fim daquele jogo, o juiz pegou a bola nas mãos, apontou o centro do campo e soltou um sopro no apito de dever cumprido. Se a expectativa de muitos era ver a comemoração e a euforia da torcida com a vitória, tiveram que se contentar com o simples e aliviado apito do juiz, que chegou até os ouvidos dos torcedores, como o único som daquela partida.

Crônica inspirada em:



‘Quase silêncio’: Com liminar, 4 torcedores assistem jogo do Corinthians das arquibancadas 

Apenas quatro vozes foram ouvidas no estádio do Pacaembu na noite desta quarta-feira, na vitória do Corinthians por 2 a 0 sobre o Millonarios, da Colômbia. Com uma liminar que os permitiu passar por cima da punição da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) de fechar os portões em jogos do Timão por 60 dias, os torcedores viveram um dia histórico e, no mínimo, curioso. À exceção de jornalistas, funcionários do Pacaembu e membros da Conmebol, apenas Armando José Mendonça, Milton Guilherme Mendonça, Carina Bellinato Mendonça e Rodrigo Adura puderam assistir à partida ao vivo. A atenção dos torcedores, porém, nem sempre se voltava ao que aconteceria dentro das quatro linhas – Milton, por exemplo, passou praticamente o primeiro tempo inteiro utilizando um aparelho celular. 
Quando o Timão entrou em campo, os jogadores se impressionaram com a presença dos quatro alvinegros no setor das numeradas, próximos ao local onde fica a imprensa no estádio. Alguns, não entendendo a situação, chegaram a rir, mas fizeram a tradicional saudação, erguendo os braços em direção a eles. Como retribuição, os torcedores gritaram os nomes de todos os titulares, um por um.
O gol de Paolo Guerrero, marcado aos 10 minutos do primeiro tempo, foi comemorado efusivamente pelo quarteto. Guarnecidos por três policiais militares, posicionados logo atrás deles, os torcedores festejaram, sozinhos. Membros da delegação corintiana, acomodados acima, em um dos camarotes do Pacaembu, também fizeram barulho. Dentro de campo, os jogadores comemoraram próximos a uma das bandeirinhas de escanteio. 
Nem mesmo o trio de arbitragem, composto pelo juiz Nestor Pitana, e pelos auxiliares Hernan Maidana e Diego Bonfa, foi poupado. Nos lances de impedimento, Rodrigo Adura levantava-se de seu assento para gesticular e reclamar da decisão, dirigindo-se especialmente a Pitana. Fonte: globoesporte

Torcida, organizada para...? - Felipe Silva Rocha

Quarta-feira, dia da estreia do Corinthians, meu “Coringão”, na Copa Libertadores da América. Fui para a Bolívia com meus amigos da Gaviões da Fiel, a torcida organizada mais fanática pelo seu time. No campo, um jogo aparentemente normal, porém nas arquibancadas, um alvoroço iniciava-se. Enquanto do “nosso” lado, o cheiro de pólvora dissipava-se no ar, do lado de lá pessoas corriam desesperadas e alguns médicos entravam no meio da confusão da torcida, saindo com alguém em uma maca. De repente, um grito ecoou pelo estádio: “Assassinos, assassinos”. No intervalo da partida, ficamos sabendo que um sinalizador havia atingido um garoto de 14 anos. Ele foi levado ao hospital, mas morreu logo em seguida. “MEU DEUS”, foi o que pensei no momento. Começaram a chegar diversas lembranças na cabeça, de muitos jogos, brigas e esquemas da Gaviões.

Nesse momento de epifania, descobri a finalidade das torcidas organizadas. Brigas, medo, dinheiro, nada de futebol. Diversas brigas da Gaviões foram marcadas com outras torcidas organizadas. Uma baixaria total, lembro dos paus e pedras pelas ruas, do sangue por todo lado. Por que será que eu batia em outro ser humano, somente porque ele vestia e torcia para o verde? Por que eu, simplesmente, não assistia ao jogo com minha família?

Família... eu não tenho mais coragem de levar a minha ao estádio. Sempre que vou, vejo alguém apanhando, sofrendo. Muitas vezes, alguém de dentro da Gaviões briga com outro integrante da própria torcida. Mas o pior é quando batemos em um jogador do Corinthians. Se alguém está jogando mal, não rende em campo, atrapalhando o time e tem o azar de encontrar algum torcedor pela rua, tenho até dó, mas ou ele corre ou paga a conta do hospital.

A única época em que não há violência nos estádios é no carnaval, no qual a Gaviões obtém seu maior lucro do ano, com fantasias extremamente caras, patrocínios absurdos e ajudas financeiras, sendo tudo pago pelo verdadeiro torcedor do Corinthians. A violência das torcidas, mudam de endereço, passam dos estádios para o sambódromo. Ano passado, nossa escola estava ganhando o troféu de “escola campeã”, mas por causa de uma nota, perdeu o título. Uma confusão foi formada. Um integrante rasgou as fichas das votações, derrubou os troféus e a torcida, no lado de fora, causou o maior alvoroço, quebrando carros, muros, etc. Realmente, confusão é sinônimo de torcida organizada.

Enquanto isso acontecia (com minha ajuda), meus olhos eram tapados pela ideologia “Tudo pelo Corinthians”, pronunciada sempre pelo presidente da torcida organizada. Infelizmente, foi preciso uma morte para eu “cair na real” e descobrir que a alegria do futebol, de zuar e ser zuado pelos amigos, já acabou faz tempo e as grandes culpadas disso são as torcidas organizadas, consideradas o “câncer” do futebol brasileiro. Deve-se pressioná-las para pôr um fim a esse mal. Daí sim acharemos a cura para esses problemas.

Crônica inspirada em:


Torcedor do San José morre após ser atingido por sinalizador


Um torcedor do San José, de apenas 14 anos, morreu após ser atingido por um sinalizador que teria partido da torcida do Corinthians, no estádio Jesús Bermúdez, na noite desta quarta-feira, no empate por 1 a 1 na estreia das duas equipes na Taça Libertadores da América. As informações são do tenente Cáceres, da polícia local. A diretoria do clube boliviano também confirmou o fato e lamentou o ocorrido logo após a partida. O clima foi de total comoção e revolta. Doze corintianos estão presos.
Natural de Cochabamba, Kevin Douglas Beltrán Espada foi atingido no olho pelo artefato, liberado nos estádios bolivianos, e chegou a ser levado para o Hospital Obrero, em Oruro, mas não resistiu. Segundo o médico que atendeu o garoto, a morte foi instantânea.
- Houve perda de massa encefálica devido ao projétil, um tubo de plástico, que penetrou no crânio. Por conta disso, a morte foi imediata - explicou José María Vargas à imprensa local.
De acordo com um assessor da presidência do San José, será aberta uma investigação criminal.

terça-feira, 9 de abril de 2013

2º E.M. - CONTEÚDOS PARA A AVALIAÇÃO DE 16/4



Atenção! O momento de produção da síntese é um momento de estudo ideal para tirar suas dúvidas e fixar o que aprendeu!

Estudo do gênero Anúncio Publicitário:
  • Conceitos de publicidade e propaganda/ público-alvo.
  • Estrutura do gênero publicitário: imagem, texto e slogan.
  • Marcas linguísticas de interlocução.
  • Recursos poéticos na publicidade.
Gramática aplicada ao Gênero Textual:
  • Sintaxe do anúncio publicitário: período simples.
  • Termos essenciais da oração: sujeito e predicado.
  • Classificação do Sujeito.
  • Classificação do Predicado.
Termos integrantes da oração:
  • Complemento Verbal X Complemento Nominal; 
  • Predicativo do Sujeito X Predicativo do Objeto.


sexta-feira, 5 de abril de 2013

SUPER 9º - CONTEÚDOS PARA A AVALIAÇÃO DE 12/04/13

Reúna suas anotações de aula, livros e produza uma síntese de estudos bem objetiva sobre os conteúdos abaixo. Não se esqueça! Todos os conceitos devem ser exemplificados e a Gramática deve ser sempre aplicada ao Gênero Textual!

Atenção! O momento de produção da síntese é um momento de estudo ideal para tirar suas dúvidas e fixar o que aprendeu!

  • Estudo do gênero Conto de Mistério:
  • Construção do suspense;
  • Construção da Verossimilhança;
  • Elementos da narrativa;
  • Discursos citados
  • Gramática aplicada ao texto:
  • Termos essenciais da oração: sujeito e predicado;
  • Classificação do Sujeito;
  • Classificação do Predicado;
  • Adjunto Adnominal;
  • Adjunto Adnominal X Complemento Nominal;
  • Predicativo do Sujeito X Predicativo do Objeto;
  • Adjunto Adverbial;
  • Vozes do Verbo.

Dica Cultural: Teatro do Sesi apresenta ‘Lampião e Lancelote’

Os alunos do 9º ano vão assistir à peça em 12 de abril, semana que vem, acompanhados da Profª Suzana de Artes Cênicas e da Profª Gizele Caparroz, e desenvolverão um trabalho a partir da leitura da obra e da peça, mas fica a dica para vocês alunos do Ensino Médio!

terça-feira, 2 de abril de 2013

2º E.M. - Exercícios extras - Orações adjetivas


Questão 1

Identifique e justifique as diferentes possibilidades de interpretação nos seguintes períodos:

I. Os candidatos ao vestibular, que só querem o diploma, não pensam na sociedade.
II. Os candidatos ao vestibular que só querem o diploma não pensam na sociedade.

Questão 2

(FGV-SP) Compare as duas frases, observando sua pontuação.

I. Nesta festa, só beijarei as meninas, que são feias.
II. Nesta festa, só beijarei as meninas que são feias.

Assinale a alternativa correta quanto ao sentido das frases.

a) A primeira afirma que somente as meninas feias serão beijadas; as bonitas não.

b) A primeira afirma que todas as meninas da festa são feias - e serão beijadas.

c) A segunda afirma que todas as meninas da festa são feias - e serão beijadas.

d) A segunda afirma que somente as meninas bonitas serão beijadas; as feias não.

e) As duas frases afirmam que as meninas bonitas serão beijadas.


Questão 3

(UFC – CE) Construa um período com as quatro orações abaixo, seguindo rigorosamente as instruções contidas nos parênteses.

(A) O camareiro entrou no quarto. (oração principal).

(B) Eu não lembro o nome do camareiro. (oração adjetiva com cujo).

(C) O Presidente estava no quarto (oração adjetiva com onde).

(D) O Presidente se matara (oração adjetiva com que).


Questão 4

(UM – SP) Assinale o período que contenha uma oração reduzida com valor de adjetivo.

a) O ônibus parou na rua transversal para assustar passageiros.

b) Correndo assustado, o menino foi chamar o guarda.

c) Os garotos vestindo camisetas velhas reclamavam apenas uma penca de bananas meio amassadas.

d) Faça das entranhas coração para obter, um ida, a rara felicidade dos humanos.

e) Moleques de carrinho dirigiam-se a várias direções, atropelando-se uns aos outros.
Respostas

Resposta Questão 1


As diferenças de sentido são causadas pela pontuação (vírgulas, no primeiro período e ausência de vírgulas, no segundo período). Pode-se pressupor que, em I, todos os candidatos ao vestibular têm interesses individuais. Já em II, o pressuposto é de que nem todos os candidatos ao vestibular têm interesses individualistas.

Resposta Questão 2

Alternativa correta demarcada pela letra “B”. Façamos uma justificativa:

Na primeira frase, a oração subordinada adjetiva "que são feias", separada por vírgulas, é explicativa e, portanto, refere-se a uma característica do conjunto de meninas (generaliza). Sendo assim, o que se afirma é que todas as meninas da festa são feias e serão beijadas.

Resposta Questão 3

O camareiro, cujo nome eu não me lembro, entrou no quarto onde estava o Presidente que se matara.

Resposta Questão 4

Alternativa correta demarcada pela letra “C”.

Em "C", a oração reduzida de gerúndio "vestindo camisetas velhas" é subordinada adjetiva restritiva. Se for desenvolvida, teremos "que vestiam camisetas velhas".

1º E.M. - CONTEÚDOS PARA A AVALIAÇÃO DE 16/04/13


Atenção! O momento de produção da síntese é um momento de estudo ideal para tirar suas dúvidas e fixar o que aprendeu! 
  • Variedades Linguísticas, Norma Culta e Padrão. 
  • Elementos da comunicação. 
  • Funções da Linguagem. 
  • Oralidade e escrita: convenções. 
  • Palavras Parônimas e Homônimas. 
  • Regras de acentuação. 
  • Acordo ortográfico.