Olá, turminhas! Calma, calma! Não é tarefa de casa, não! Afinal, vocês estarão em férias! É um jogo no velho estilo Atari, que faz intertextualidade com o mito clássico de Orfeu e Eurídice. Não vamos nos esquecer de que Vinicius de Moraes, o poetinha, também reviveu o mito em sua peça "Orfeu da Conceição"!
Joguem e comentem! Boas férias!!!
Olhar para trás não é uma opção! Resgate a alma de sua amada das garras do senhor do submundo.
Por Felipe Gugelmin
Don’t Look Back é um jogo independente que se baseia nos clássicos do Atari para trazer uma experiência em que o foco é a jogabilidade. O título recria a lenda de Orfeu e Eurídice, guiando o jogador em uma busca em que se deve enfrentar todos os desafios do inferno pra se alcançar o objetivo final.
A aventura começa com Orfeu lamentando a morte de sua amada, picada por uma cobra venenosa no dia em que ambos deveriam se casar. Disposto a mudar o destino, o herói parte rumo ao mundo inferior na esperança de convencer Hades, o deus dos mortos, a libertar a alma de Eurídice do aprisionamento eterno.
Aventura clássica
O jogo segue o mesmo esquema clássico estabelecido por outros games de plataforma. Conforme se anda para o lado direito da tela, surgem novos desafios tanto na forma de precipícios a serem superados quanto na figura de inimigos com padrões de ataque bastante variados.
Para se proteger, Orfeu conta com seu pulo (acionado pelo botão Z ou pela barra de espaço), e logo adquire um arco e flecha, capaz de matar com alguns tiros as criaturas que surgem pelo caminho (para usá-lo, basta usar a tecla X). A movimentação do personagem é feita usando as teclas direcionais, que também servem como meio alternativo para fazê-lo pular.
Trilha sonora primorosa
Enquanto os gráficos de Don’t Look Back são propositalmente antiquados, a trilha sonora conta com orquestrações de alta qualidade. Os sons se inserem no jogo de forma gradual, iniciando com pequenos trechos até se transformarem em uma canção grandiosa quando o jogador se aproxima do fim de sua jornada.
Grande desafio
Assim como nos antigos títulos para Atari, a dificuldade é um dos elementos mais marcantes de Don’t Look Back. Basta um toque em qualquer inimigo para que o herói morra, o que exige um bom planejamento antes de se enfrentar os diversos desafios que bloqueiam o avanço até a alma de Eurídice.
Não há limites de vidas nem “continues” – toda vez que o jogador perde uma vida, o herói ressurge na parte inicial da última tela. Os desafios crescem em um ritmo constante, incluindo partes em que nem sequer é possível ver o cenário de fundo, somente os obstáculos que devem ser superados.
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